sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Serenidade...


"A serenidade não é feita nem de troça nem de narcisismo, é conhecimento supremo e amor, afirmação da realidade, atenção desperta junto à borda dos grandes fundos e de todos os abismos; é uma virtude dos santos e dos cavaleiros, é indestrutível e cresce com a idade e a aproximação da morte. É o segredo da beleza e a verdadeira substância de toda a arte.

O poeta que celebra, na dança dos seus versos, as magnificências e os terrores da vida, o músico que lhes dá os tons de duma pura presença, trazem-nos a luz; aumentam a alegria e a clareza sobre a Terra, mesmo se primeiro nos fazem passar por lágrimas e emoções dolorosas. Talvez o poeta cujos versos nos encantam tenha sido um triste solitário, e o músico um sonhador melancólico: isso não impede que as suas obras participem da serenidade dos deuses e das estrelas. O que eles nos dão, não são mais as suas trevas, a sua dor ou o seu medo, é uma gota de luz pura, de eterna serenidade. Mesmo quando povos inteiros, línguas inteiras, procuram explorar as profundezas cósmicas em mitos, cosmogonias, religiões, o último e supremo termo que poderão atingir é essa serenidade."



Hermann Hesse, O Jogo das Contas de Vidro




Onde andará...

imagem: Lestoilesdaz
"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "

                                                             (Desconheço autoria ...Qm souber...avise!)

Abrindo fechaduras...

''Uma alma gêmea é alguém cujas fechaduras coincidem com nossas chaves e cujas chaves coincidem com nossas fechaduras. Quando nos sentimos seguros a ponto de abrir as fechaduras, surge o nosso eu mais verdadeiro e podemos ser completa e honradamente quem somos. Cada um descobre a melhor parte do outro.''

Richard Bach

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

É outra coisa...

Amanda Cass

“Às vezes parece cansaço essa espécie de calma que eu sinto agora, mas não é. A textura é outra. O cheiro é outro. É outra a cadência das ondas. É um jeito mais afrouxado de se estar no mundo, com os apertos todos dele. É um jeito mais distraído de se estar no mundo, com os improvisos todos dele, e, ao mesmo tempo, com uma atenção mais terna. É um jeito mais livre de se estar no mundo, com as limitações todas dele. É um jeito mais afrouxado de olhar. E ver que eu não preciso me misturar para me envolver. Que eu não preciso me perder para encontrar. Que eu não preciso me defender para me oferecer proteção. Que eu posso, sim, ir ao encontro dos outros e da vida, com a paz de quem está aprendendo a se respeitar, sem deixar de levar no coração e no rosto o meu buquê de sorrisos.”

Ana Jácomo

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Vontade...










"Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."


(Ana Jácomo)

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