quinta-feira, 23 de junho de 2011

blogturmadalim: Descoberta...

blogturmadalim: Descoberta...: "Quando criança era assim, não existiam muitas escolhas. Não se podia andar descalço nem molhar na chuva: constipava. Menina bonita tinha o c..."

Descoberta...

Quando criança era assim, não existiam muitas escolhas.
Não se podia andar descalço nem molhar na chuva: constipava.
Menina bonita tinha o cabelo longo, e meninos cabelos curtos.
Manga com leite não podia, nem banana antes de dormir que dava pesadelos.
Papai e mamãe não gostavam, então eu não fazia.
Como boa menina, aprendi tudo o que me ensinaram,
mas ao contrário do esperado, eu constipava ao chupar manga 
e tinha pesadelos quando andava descalço.
Resolvi então cortar meus cabelos bem curtos e desaprender tudo!
Descobri um segredo precioso que não me ensinaram de pequena:
Quanto mais cresço, mais eu posso nascer.

(Clara Gontijo)

blogturmadalim: No momento oportuno ... as respostas virão...

blogturmadalim: No momento oportuno ... as respostas virão...: "Tem paciência com tudo não resolvido em teu coração e tenta amar as perguntas em ti, como se fossem quartos trancados ou livros escritos ..."

No momento oportuno ... as respostas virão...



Tem paciência com tudo não resolvido em teu coração 
e tenta amar as perguntas em ti, como se fossem quartos trancados ou livros escritos em idioma estrangeiro. 
Não pesquises em busca de respostas que não te podem ser dadas, porque tu não as podes viver, e trata-se de viver tudo. 
Vive as grandes perguntas agora. Talvez, num dia longínquo, sem o perceberes, te familiarizes com a resposta.

                                                                                                                           (Rainer Maria Rilke).



Quem nunca se viu desesperado, ansioso, com alguns quilos a mais ou a menos, por estar esperando aquela resposta que poderia mudar sua vida,  seu estilo de vida, sua maneira de pensar???
Sabe aqueles momentos que um sim ou um não transformariam para o bem ou para o mal sua forma de agir ou de encarar determinadas situações...?Então... - nada acontece - ... sua ansiedade era maior do que as probabilidades... e  vem o vazio    ... tudo torna-se um pouco mais angustiante , e surge a sensação de estar perdido, sem direção, ...porque uma resposta só...   só uma resposta...     acabaria ou iniciaria uma nova jornada , te projetaria para um outro campo de percepções  ... mas a resposta não vem... ou não é percebida...  naquele exato momento, que pra voce seria propício...
porém , nada aconteceu.
Talvez não fosse o momento mesmo...  e as expectativas eram altas demais... para uma simples dúvida que surgiu em seu caminho!
Mas o que vale de verdade no fim...é a trajetória...pois é ela que define a chegada.
No momento oportuno  ... as respostas virão... e te farão compreender que tudo aconteceu da melhor forma que poderia ser.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

blogturmadalim: Poesia Arquiteta...

blogturmadalim: Poesia Arquiteta...: "Tempoespaço/Augusto de Campos Leaf Chapel/escritório KDa; Japão Tempo de florescimento... Telhado verde/Nanyang;Cingapura Tempo ..."

Poesia Arquiteta...

Tempoespaço/Augusto de Campos
Leaf Chapel/escritório KDa; Japão

Tempo de florescimento...
Telhado verde/Nanyang;Cingapura

Tempo de con
torcio 
       nismo...
Casa de vidro/Itália
                    Tempo de transparecer...

De dentro 
                       pra fora... 
e...
                                                    é já em tempo...


Se vemos poesia em tudo...e se tudo é poesia...a arquitetura é a própria poesia e a mais concreta que existe...no mundo contemporâneo...que inspirou-me essa brincadeira de concreta-arquitetura-poética...

Sonho interminável das sereias...


Canção na Plenitude
Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
buscar te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.


Lya Luft

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sofremos por quê?

Salvador Dalí



Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?




Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.




Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.



 Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais. 


                                                                                            (Martha Medeiros)

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